quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Dias de nada...parados como as águas de um charco!




São desassossegados dias que me perturbam
são agrestes ventos que m’apartam
são lápides que vêm... e me perfuram!

Mórbido véu que me devoras
prende-me agora no nada!
Ataca-me o corpo que se demora
nesse tépido sufoco d’alma!

Mórbido céu que me demarcas
guia-me agora p’ra ilha!
Ataca-me o corpo que s’afoga
nessa negra dor que não brilha!

Leva-me, leva-me agora
liberta-me desta asfixia!
Já não posso aguardar a hora
dessa minha eterna vigília!

Quebra o silêncio, grita bem alto
chama agora teu desamor!
A morte devora-te aos poucos no tempo
deixa-te levar n’obscuro corredor!

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