sábado, 25 de abril de 2009

Mas tudo muda...

Mas tudo muda... e o dia-a-dia ensinou-me a ver, com olhar crítico, os meus defeitos, a valorizar as qualidades, a aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos postos no horizonte com optimismo. Sei que tenho que construir hoje as estradas do meu caminho, mesmo que o terreno seja pedregoso, pantanoso… porque o dia de amanhã é incerto e que “não vale a pena fazeres planos para a vida para não estragar os planos que a vida tem para mim”. Relativamente aos que me rodeiam, percebi que ausência não significa distância, que paixão não é o mesmo que amor e que amor é aceitação. Tenho consciência que as pessoas que hoje me amam, amanhã podem vir a odiar-me… e com a mesma intensidade. Entendi que aqueles que hoje me fazem sorrir, amanhã podem vir a ser responsáveis pelas minhas lágrimas e que não importa quão bondosas e dedicadas sejam comigo, um dia destes vão desiludir-me e vou ter que viver com isso, aprender a lição e, se possível, esquecer. Sei também que mesmo que não me amem ou não me aceitem como sou, isso não significa que não seja amado ou aceite, simplesmente os outros também não são o que eu espero que sejam. No campo das emoções percebi que não se apagam com borrachas mágicas as dores emocionais, não dá para fazer de conta que não existem, mas aprende-se a viver com elas, lambem-se as feridas e acredita-se que tudo na vida acontece por uma razão e que o Universo é generoso. Descobri que levamos anos a construir relações na base da confiança, da honestidade e bastam apenas alguns segundos para deitar tudo a perder. Doeu-me ver que há amizades se fazem pelos títulos e não pelas pessoas mas felizmente também reconheço que há amizades verdadeiras que se mantêm mesmo quando erramos, mesmo quando não somos o que queriam que fôssemos e que continuam a crescer mesmo que a distância se interponha. Reconheço hoje que investi anos em coisas que hoje não têm qualquer valor e que a minha felicidade se faz de afectos e não de valores porque o que importa não é o que tenho mas o que sou. O pior de tudo foi aprender que as pessoas mais importantes da minha vida, por razões várias, desaparecem muito depressa e por isso mesmo vale a pena dizer-lhes a cada instante o que sinto, dar-lhes um beijo carinhoso, um abraço apertado porque amanhã pode ser tarde demais Descobri com discernimento que terão que passar anos até me tornar a pessoa que almejo ser e que o melhor é começar a trabalhar nesse sentido desde já. Por isso, não importa onde já cheguei, o que consegui, mas para onde vou e sabiamente sigo sem ilusões, porque só se desilude quem as cria. Aprendi que não há vencedores nem vencidos, que cada um faz o que tem que fazer, escolhe o seu caminho e nunca o faz com o intuito de magoar ninguém. Por último, percebi o verdadeiro significado da frase “Everyday is a gift, that’s why they call it, the present!”.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

So para ti...


Quando a gente se apaixona, não tem nenhuma garantia de que não vai sofrer uma decepção. Se isso ocorre, a maioria de nós cura as feridas, se levanta e vai em frente, aceitando os novos amores que porventura apareçam. Isso é ser forte. Desistir de amar para se agarrar ou evitar as dores do velho amor é uma atitude de gente a que tu não pertençes. Quem abre mão de amar abre mão da vida.

Eu não queria ter todas as respostas, porque sei que a vida me mudaria logo todas as perguntas. mas quando eu estiver contigo, poderás ver as minhas cicatrizes, e então saberás que eu também me feri e me curei. Por ti...

NOVO AMOR VELHAS QUESTOES...


Deixa-me amar-te em meus silêncios

Na calmaria do teu coração que me acolhe

E de onde se desprendem meus sonhos

Em vôos etéreos de plena liberdade


Deixa-me amar-te em minha solidão

Ainda que os teus labirintos me confundam

E que teus fios generosos de compreensão

Emaranhem-se no tapete dos meus enigmas

Deixa-me amar-te sem qualquer explicação

Na ternura das tuas mãos que me sorriem

Escrevendo desejos em versos despidos

Na minha alma te que te cobre e descobre


Deixa-me amar-te em meus segredos

Para que desvendes o que também desconheço

A alma dos meus abismos, onde anoiteço

E meus olhos adormecem embalados pelo mistério

Deixa-me amar-te em tuas demoras, longas horas

Em que meu corpo se veste de céu à tua espera

Enquanto minhas mãos acendem estrelas

Para alumiar-te, ainda que ausente estejas...

Um beijo meu no canto do teu sorriso...todas as vezes que me possa despedir de ti!