quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

perdídamente


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior

Do que os homens! Morder como quem beija!

É ser mendigo e dar como quem seja

Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor

E não saber sequer que se deseja!

É ter cá dentro um astro que flameja,

É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!

Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...

É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...

É seres alma, e sangue, e vida em mim

E dize-lo cantando a toda a gente!

2 comentários:

Anónimo disse...

gisto muito do blog

Anónimo disse...

bem uma joaninha pode fazer mts estragos